quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Blumenau vive pior enchente desde 1984

Se a previsão da Defesa Civil se cumprir e o Itajaí-Açu chegar a 13 metros às 6h desta sexta-feira, a enchente deste início de setembro atingirá 200 mil blumenauenses e será a maior desde 1984, quando o rio chegou a 15,46 metros. A cidade entrou em alerta na primeira hora de quinta-feira, com o rio a 6,08 metros. A situação chegou ao estado de emergência às 10h, quando o Itajaí-Açu ultrapassou os 8 metros e transbordou. Na medição das 23h, o rio havia subido para 11,44 metros, deixando 40 mil pessoas atingidas.

Até as 23h, 262 ruas registravam pontos de alagamento e 45 tinham deslizamentos, sendo que 19 estavam interditadas. Outras 25 ruas ficaram interrompidas parcialmente. Com as cheias e o risco de deslizamento, a Secretaria de Assistência Social ativou 15 abrigos, que até esta quinta-feira à noite receberam 288 pessoas. As Estações de Tratamento de Afluentes 2 e 3 foram desativadas à tarde e deixaram 32 dos 35 bairros sem água potável.

À medida que as ruas começaram a alagar, a Celesc cortou o abastecimento para evitar a queima dos transformadores. Às 23h, havia 196 ruas e 6,4 mil pessoas sem energia. A recomendação da Celesc é que os consumidores, ao perceberem que a água poderá invadir a residência, desliguem os medidores e disjuntores, não se aproximem da fiação e de cabos elétricos. No início da noite, a Celesc montou duas bases descentralizadas, para agilizar o atendimento. Uma delas está no Garcia, em frente ao 23° Batalhão de Infantaria, e a outra no Distrito da Vila Itoupava, próximo à Polícia Rodoviária Estadual.

Deslizamento derruba três casas

O prefeito João Paulo Kleinübing traçou um plano de evacuação para as ruas Germano Grosch, Netuno, Plutão e Maestro Francisco Baumgarten, na região do Morro Coripós, devido ao risco de deslizamentos. A ocorrência mais grave foi nesta quinta-feira à noite, na Rua Reinoldo Gutz, na Velha. Três casas deslizaram. Corpo de Bombeiros e Defesa Civil tiveram dificuldade de chegar ao local, constataram que não havia vítimas e deixaram o trabalho de remoção dos entulhos para hoje de manhã. Os imóveis estavam em área de risco e já havia determinação para que os moradores abandonassem as residências desde 2008.

Fonte: Jornal de Santa Catarina

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